sexta-feira, 15 de novembro de 2019

DUALIDADE DE RECURSOS

Piazzale Roma, um casal fazendo-se às àguas.

ACQUA ALTA, GIORNO 3

Os vaporetti não funcionam, o Guggenheim e o Museu da Academia estão fechados. Paciência, desde que o aeroporto não esteja alagado...

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

MURANO

A tradição do vidro em Murano remonta a finais do século XIII, quando os fornos tiveram de ser deslocados de Veneza por causa do perigo de incêndios na cidade.
Murano é um conjunto de seis ilhas ligadas por pontes. Os canais entre ilhas são marginados por amplos caminhos pedonais designados por 'fondamente' (plural de 'fondamenta').
Murano está próxima de San Michele, a ilha-cemitério de Veneza. O vaporetto passa mesmo ao lado e algumas linhas, naturalmente, fazem lá paragem.
Uma referência à Basílica de Santa Maria e São Donato, erigida no século VII e reconstruída no século XII, que dispõe de considerável património artístico. Infelizmente, a água entrou nela nestes dois  últimos dias.
Junto as fotografias possíveis:

 










ACQUA ALTA bis

Foto tirada há 5 mimutos

ACQUA ALTA

A 'acqua alta' voltou, com mais moderação que no dia de ontem. Vou tentando chegar a S. Marcos aos 'vaporetti' para Murano. Ando um pouco à toa, a descobrir caminhos que não estejam alagados... Há pouco (vantagens da errância) dei com isto:



Pallazzo Vendramin, onde Wagner se instalava quando vinha a Veneza, local do seu falecimento.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

CONCERTO, ESTA NOITE



"NO CORAÇÃO OBSCURO DE UMA CIDADE"

JOSÉ SARAMAGO em Manual de Pintura e Caligrafia: "(...) decidi-me a virar as costas às magnificências ribeirinhas do Canal Grande e penetrei no interior da cidade. (...) deixei-me perder, sem mapa nem roteiro, pelas ruas mais tortuosas e abandonadas (as calli), até dar por mim no coração obscuro de uma cidade que enfim se revelava." --- Foi o que, de certa forma, fiz esta tarde, avançando pelos pontos onde a 'acqua alta' não chegara ou já começara a retroceder.









A ARRISCAR UM POUCO



Por aqui ando, sem galochas e a tremer de medo sobre as passarelas.

NÃO ARRISCO


Se caio da passarela e bato com a cabeça ainda morro afogado. Galochas descartáveis a 5 EUR. Como diz aquele nosso amigo, Não arrisco.

PIAZZA SAN MARCO

A praça está alagada, diz o telejornal da manhã.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

DE NOVO EM VENEZA


"Choveu no último dia. O Canal Grande era um rio grande e pulsante, e a curta maré, forçada pelo vento, gorgolejava no chão da Praça de S. Marcos e junto às portas da Basílica." - Esta passagem de 'Manual de Pintura e Caligrafia', de Saramago, aplica-se ao dia de hoje. Agora há as galochas descartáveis e as passarelas de madeira para obviarem aos incómodos. Fui ao Campanile para fugir da água. Panorama soberbo. Para o lado norte a vista alcança o que penso ser as montanhas Dolomitas e como a visibilidade, apesar da chuva, não era má, julgo ter distinguido alguns picos nevados. Lembro-me de que Goethe, no seu diário de viagem, alude a essas montanhas avistáveis do alto da torre. Só que a torre que Goethe subiu (e não de elevador, como nos nossos dias) desmoronou-se sem aviso em 1902. A reconstrução concluiu-se dez anos mais tarde com os seus 98,5 m de altura.





segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O DRAGÃO DE POSTOJNA



O povo acreditava que dentro da gruta vivia um dragão.
Quando as águas do rio interior transbordavam, vinham nelas uns pequenos animais que desde cedo foram identificados como filhos da lendária criatura. De notar que a gruta é visitada desde o século XIII, como é atestado por inscrições gravadas nas paredes.
A espécie que assim aparecia aos olhos crédulos dos habitantes de Postojna está hoje identificada como 'Proteus anguinus', um género de salamandra cega e albina. Não é permitido tirar fotografias, pelo que se reproduz uma imagem do Guia Turístico. 
A visita à gruta de Postojna, um espaço de vários quilómetros feitos num pequeno comboio e a pé, dura uma hora e meia.
Foi o que fizemos hoje, a partir de Trieste, em viagem de um dia àquela cidade da Eslovénia.
Amanhã voltamos a Veneza.

ESTAÇÃO DE TRIESTE

Dentro do comboio rumo a Postojna, Caverna do Dragão.

domingo, 10 de novembro de 2019

TRIESTE: italiana ma non troppo

Estou a gostar de Trieste aonde cheguei hoje de manhã. A cidade pertenceu ao Império Austro-húngaro e muita da sua arquitectura tem a marca desse tempo. A parte mais importante estende-se à beira do Adriático, em área plana, mas há belos bairros e monumentos nas colinas sobranceiras, naquela zona a que chamam a 'cità vecchia'.
Estou instalado num pequeno hotel que não sendo luxuoso tem algumas coisas ricas: no meu quarto, há quadros de pintura moderna e uma simpática estante de livros. Destaco as seguintes obras: LE ROUGE ET LE NOIR, de Stendhal; LO STAGNO DEL DIAVOLO, de George Sand; DIZIONARIO DI PSICOLOGIA; L'IMORTALITÁ, de Milan Kundera; THE INVENTION OF SOLITUDE, de Paul Auster. E a cama, senhores, a cama vastíssima dava na perfeição para um 'foursome'!
Anexo fotografias:




sábado, 9 de novembro de 2019

VENEZA

Fotografia do Grande Canal nas proximidades da estação de Santa Lucia.
Na Praça de São Marcos há povo de todos os cantos do mundo. E o que me custa é que toda aquela gentinha não faz a mínima ideia do que foi o triângulo amoroso Alfred de Musset / George Sand / Dr. Pagello. 'Não se brinca com o amor', a peça de Musset...
Como é sábado, há mais gente e mais confusão. Deixei S. Marcos e fui passear para a 'riva' até ao ponto onde se encontra a marina militar. Ao fim do dia aventurei-me a entrar no Palácio Ducal, havia uma fila pequena, tendo visto, para além do principal, uma interessante exposicão de  pintura: 'Da Tiziano a Rubens'.
Amanhã, domingo, não vou ficar por aqui.
Em Pádua, deram-me boas referências de Trieste, uma cidade que até 1918 pertenceu ao Império Austro-húngaro, sendo muito diferente das outras cidades italianas.
Espero voltar a Veneza na terça-feira (durante os dias de semana não haverá tanta confusão) com a ideia firme de cumprir o seguinte programa mínimo:
- Visitar a Bienal
- Subir ao 'Campanile'
- Ir de vaporeto a Murano e a Burano
- Entrar na Basílica de S.Marcos.
Veremos o que se consegue.

NO COMBOIO PARA VENEZA


Segundo o diário de viagem, Goethe viajou de Pádua para Veneza pelo canal do Brenta no barco da carreira regular: 28-9-1786, tenho anotado no meu caderno. Este canal foi aberto no século XIII para permitir uma ligação segura entre Pádua e a laguna de Veneza. Século XIII, é espantoso!

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

DIA DE SOL

Hoje foi dia de sol em Pádua --- Pallazo Moroni, Comune di Padova. Fotografia tirada depois do almoço no Pedrocchi Café.