terça-feira, 12 de novembro de 2019

DE NOVO EM VENEZA


"Choveu no último dia. O Canal Grande era um rio grande e pulsante, e a curta maré, forçada pelo vento, gorgolejava no chão da Praça de S. Marcos e junto às portas da Basílica." - Esta passagem de 'Manual de Pintura e Caligrafia', de Saramago, aplica-se ao dia de hoje. Agora há as galochas descartáveis e as passarelas de madeira para obviarem aos incómodos. Fui ao Campanile para fugir da água. Panorama soberbo. Para o lado norte a vista alcança o que penso ser as montanhas Dolomitas e como a visibilidade, apesar da chuva, não era má, julgo ter distinguido alguns picos nevados. Lembro-me de que Goethe, no seu diário de viagem, alude a essas montanhas avistáveis do alto da torre. Só que a torre que Goethe subiu (e não de elevador, como nos nossos dias) desmoronou-se sem aviso em 1902. A reconstrução concluiu-se dez anos mais tarde com os seus 98,5 m de altura.





Sem comentários:

Enviar um comentário